Colaboradores

domingo, 11 de agosto de 2013

Pandora


Entrevista com o adotante – Pós Adoção – Final Feliz

Conhecemos a ABEAC numa feira de adoção realizada em outubro de 2012 no Carrefour Anchieta. Lá tivemos nosso primeiro contato com a ABEAC, seus voluntários e alguns de seus cães.

Na feira de adoção, tivemos contato com vários cães. Dentre eles, notamos uma cadelinha cor de mel e olhos verdes que ia com todos - era Pandora. Então tivemos a oportunidade de a pegarmos no colo e ela nos olhou nos olhos, bem fundo. Foi uma emoção muito forte, alguma coisa acontecera ali. Quase três meses se passaram e tomamos a decisão de adotar um cãozinho. Entramos em contato com a ABEAC para colher informações sobre os cães que havia disponíveis e ficamos impressionados ao saber que a Pandora, que ia com todos tão bem, não fora adotada no mesmo dia.

Tivemos a sensação de que ela estava nos esperando. Adotá-la foi, assim, o ato de amor que não pudemos realizar naquele momento, quando não apenas não podíamos tê-la em casa como tínhamos muito menos experiência com cães.

Pandora é calma e dócil. Ela praticamente não late, é muito quieta e mansa. É também um tanto medrosa, mas já está se soltando e até rosna para pessoas estranhas que vêm em casa. Onde vamos ela está atrás, mas não nos cutuca nem incomoda - é praticamente nossa sombra. A coisa mais comum é vê-la sentadinha à porta, quieta, olhando o quintal ou a rua, se estiver no portão.

Pandora chegou  fraca e desconcertada em casa, pois a viagem foi comprida e cansativa, com muito calor e alguns percalços. Ela melhorou rápido, mas no primeiro dia tivemos que nos dividir – um dormiu no quarto e o outro na sala, com a Pandora nos braços, deitada sobre o peito. Na segunda noite foi menos ruim, mas foram algumas noites dormindo sem desligar totalmente e com alguns acidentes de fazer alguma necessidade no lugar errado da casa. Em poucos dias ela melhorou muito, aprendeu onde fazer as coisas dela e tem se alimentado bem.

Temos uma convivência fácil, porque ela não é teimosa, apenas muito curiosa, o que sabemos que  é da idade e  é da inteligência dela. Por ela ser tão inteligente, assimila as coisas muito rápido e ficamos impressionados com a maneira como ela reage e se adapta. No mais, pelo fato de ela ser  tão tranquila, ela dorme se relaxar demais e não nos incomoda em absolutamente nada.

É a melhor coisa do mundo a festa que ela faz quando chegamos ou acordamos. Não importa se dormimos ou saímos por apenas meia hora, ela faz uma festa maravilhosa toda vez que despertamos ou retornamos. É uma sensação tão boa que é impossível não se deixar seduzir por tanto carinho e fazer festa junto com ela. Além disso, Pandora é extremamente companheira, se deixar entra no banheiro junto conosco. Essa festa e essa presença constante ao nosso lado é sem dúvida o que mais gostamos nela.

Somos inegavelmente mais felizes, apesar do trabalho que dá e da paciência que nos toma ter uma cadelinha filhote de apenas sete meses. Acreditamos que isso não é nada mais do que um pequeno preço por todo o retorno que temos tido, dia após dia.

Pandora tem uma coisa especial - ela uiva de alegria. O mesmo som que ela faz quando chora ela faz quando está alegre. Ela realmente não é acostumada a latir, então ela não late para quase nada, seja de alegria, de medo ou de ansiedade.

Para quem pensa em adotar um cão, só podemos recomendar que: (1) informe(m)-se ao máximo sobre como lidar com cães, pois toda informação é útil; (2) tenham paciência, não desistam de quem não desiste de você; (3) esteja(m) prontos para gastar algum dinheiro (não é muito) com caminha, tigelas, ração e alguns brinquedos, mas estejam mais prontos ainda para contar até 10, inclusive perder o sono algumas vezes; (5) os cães apenas vivem o momento, não conhecem passado ou futuro, então não planejam fazer pirraça nem se lembram da chamada de atenção que você deu; se eles fizerem algo que não devem, lembre-se de que ele(a) não tem culpa, então não puna, agrida ou amedronte, apenas corrija com calma e firmeza, tomando para si a responsabilidade de ensiná-lo(a) a fazer a coisa certa, no lugar certo e na hora certa.


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