Colaboradores

sábado, 4 de maio de 2013

Mel Cocker





Entrevista com o adotante – Pós Adoção – Final Feliz

Como e quando chegou até a ABEAC? 

Pela internet, quando procurava um cachorrinho para adotar.

O que levou você a escolher a Mel, que agora se chama Nina? 

Eu tinha escolhido outra cachorrinha, mas a Alessandra me ligou e disse que a Nina não foi aceita na família que deveria adotá-la por causa da cegueira.

Como é o comportamento dela?

Por ser cega, pisa no pote de comida e derruba tudo no chão ou no pote de água e faz uma bela lambança. Agora, ela já acostumou com a casa e não bate em nada, mas no começo ela teve dificuldade. Ela é alegre e teimosa, tento ensiná-la que não deve entrar em casa, mas no fim ela está em cima do sofá. Ela tem muito medo de chuva, trovão e fogos, ela treme tanto que fico com ela no colo por horas até passar. Um pouco estabanada (acho que é pela cegueira) e fica latindo horas para o nada. É uma boba, pois a minha filha faz ela de cavalinho e ela aceita, puxa ela pela orelha e não a deixa comer. Dormem as duas na caminha da Nina. 

Como foi a adaptação em casa?

Foi difícil, pois minha filha Giovana, de dois anos, é muito pequena e a Nina esbarrava nela e ela sempre caía. Agora, a Giovana coloca a mão na frente quando vê a Nina, para que ela bata primeiramente em sua mão e saber que ela está ali. Isso tudo aconteceu espontaneamente, tanto a Giovana esticar as mãos quanto a Nina parar de esbarrar. 

Como é a convivência com ela, principalmente com sua filha?

Hoje é bem tranquilo, tirando a teimosia. Minha filha não nos permite brigar com a Nina, ela chora, assim a Nina aproveita tudo o que pode. Parece que ela sempre viveu conosco, há muitos anos. Pra falar com ela minha filha coloca o rosto bem pertinho e grita. Eu já expliquei que ela é cega e não surda, mas...

O que você mais gosta nela?

Carinhosa e carente. Fica bem quietinha para tomar banho e deixa a Giovana brincar com ela como quiser.

O que mudou na vida da família?

Quase nada, tudo é muito natural e tranquilo, como já disse, parece que ela sempre viveu conosco. E eu tinha uma cachorrinha que viveu comigo por 15 anos. A única coisa difícil é saber que ela passará por várias cirurgias, mas não vejo a hora de ela ver meu rosto e saber como é minha filha, poder enxergar o poder da água. O mais difícil hoje é que os lixeiros tem que ficar para cima, pois se ficarem no chão ela revira tudo.

Você tem algo a acrescentar (p.ex., alguma história engraçada e/ou algumas dicas para quem pensa em adotar um cão)?

Acho que, para aqueles que querem adotar, deveriam optar por cães mais velhos, para que eles saibam como é ter uma família. Tem várias histórias: um dia abri o portão e ela saiu correndo. Nunca corri tanto na vida; outra, comemos pizza e saímos da cozinha...em minutos a Nina estava em cima da mesa comendo o que restou...detalhe, ela pesa 16 kg e minha mesa é de vidro...





Nenhum comentário:

Postar um comentário